Empresas de todos os segmentos começam a se voltar para a Inteligência de Mercado para auxiliar na tomada de decisão e alcançar o sucesso. Dados e não “achismo” são cada vez mais essenciais no mundo dos negócios
Às portas de uma quarta revolução industrial, algumas ferramentas e serviços inovadores têm chamado a atenção daqueles que perceberam que a informação é o bem mais valioso para uma empresa. Muitos só ouviram falar, outros desejam implementar e alguns já utilizam a Inteligência de Mercado, Big Data e Ciência de Dados (Data Science) como estratégias fundamentais na tomada de decisão e, consequentemente, como delimitador de sucesso.
Para se ter noção em números desse setor, apenas o Big Data deve movimentar mundialmente US$ 41,5 bilhões neste ano, uma alta de 6,4% no período, expansão seis vezes superior à da indústria de TI como um todo. “É o mundo corporativo começando a entender o valor de suas informações e as do mercado. Essa percepção vem normalmente de gestores da nova geração, que estão atentos a essas inovações e passam a incorporar os dados como parte do dia a dia”, afirma Matheus Dellagnelo, CEO da Indicium, empresa catarinense de análise de dados e inteligência de mercado.
O mercado está mudando muito rápido. Cada vez mais empresas estão utilizando dados e inteligência de mercado para efetuar decisões.
Cada vez mais estratégicos para as empresas que procuram estar um passo à frente no mercado, o Big Data e a Ciência de Dados trabalham em conjunto com a área técnica e de negócios das corporações e são responsáveis pela manipulação de grande volume de dados para fornecer visões precisas e analíticas, que apoiam a tomada de decisão. O principal objetivo é a obtenção de informações mais profundas e precisas sobre clientes, parceiros e operações de negócio. “O interessante é a obtenção em tempo real, com mecanismos que podem prever minuciosamente o comportamento do cliente a partir desses dados”, ressalta Dellagnelo.
De acordo com o CEO, a escassez de dados antes era um problema, mas agora com o Big Data e com o poder computacional dobrando em um curto espaço de tempo, é possível ter dados disponíveis em abundância e sobre qualquer assunto. “Aí entra o conceito da Ciência de Dados: aplicação de modelos que fazem previsões a partir da identificação de padrões do conjunto de dados de uma empresa. Modelos de ‘machine learning’ estão alcançando previsões na casa de 80 – 80% de exatidão”, destaca.
Já é possível ver segmentos como construção civil, varejo, logística e até política investindo em Inteligência de Mercado e Big Data. “O mercado está mudando muito rápido. Cada vez mais empresas estão utilizando dados e inteligência de mercado para efetuar decisões. Acreditamos que no curto/médio quem perder o “timing” ficará sem mercado ou com grandes dificuldades financeiras. Hoje, quem utiliza dados e informações é visto como a exceção, em pouco tempo essa percepção vai se inverter”, prevê Dellagnelo.
Mesmo com todos os dados em mãos, muitos ainda não sabem o que fazer com eles. Compilar, analisar e fazer previsões com essas informações é a principal mágica dos profissionais desta área. Segundo o CEO da Indicium, toda empresa – desde startups emergentes até as organizações globais – precisa lidar com um número incalculável de dados, e tem a necessidade de desenvolver um método eficaz para gerenciar esta demanda. “Para isso, além de softwares especializados, são necessários profissionais multidisciplinares com experiência de mercado para entregar as informações de forma clara e objetiva, e assim formular e executar as estratégias dos clientes”, explica.
Dellagnelo diz que o maior erro do mercado no momento é acreditar que uma ferramenta faz milagres e vai solucionar todos os seus problemas. “As ferramentas de BI são como uma chave de fenda, furadeira e martelo em uma construção. Tem que saber utilizar as ferramentas da forma correta para extrair o máximo do seu potencial”. Ele explica que, hoje, em média, as empresas utilizam menos de 20% do potencial de cada ferramenta contratada. “Por isso é importante investir em profissionais que prestem o serviço que está faltando e integrem diversas ferramentas para as empresas apresentarem o melhor resultado possível.
Podemos dizer que utilizamos praticamente 100% das plataformas que temos contratadas e estamos desenvolvendo novas ferramentas para ampliar nosso alcance. Isso quer dizer que temos como entregar pelo menos cinco vezes mais resultados do que empresas que estão contratando softwares de forma avulsa, sem expertise para utilizar”, ressalta.
Outro questão levantada por Dallagnelo é a especificidade de cada ferramenta. “Em virtude do conceito de startup de que cada solução deve focar em uma dor, os softwares estão ficando cada vez mais especializados, e a empresa acaba tendo que contratar múltiplos softwares para executar o objetivo. Acreditamos que pelo excesso de oferta e opções os gestores ficam sem saber o que fazer e acabam complicando um processo que pode ser simples”, diz.
Por DINO power by: Time Prime
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